sexta-feira, julho 16, 2010

Angus e Malcolm Young se recordam de Bon Scott



A entrevista a seguir foi cedida pelo site AC/DC Brasil.



O guitarrista Angus Young recorda de Bon Scott: "Quando penso retrospectivamente, eu sempre soube que ele era um cara cheio de vida."

Há 30 anos atrás no dia 19 de fevereiro de 1980, perdemos uma das vozes mais distintas e a pessoa mais carismática do hard rock; o vocalista do AC/DC, Bon Scott (Ronald Belford Scott nasceu em 9 de julho de 1946) morreu nas primeiras horas daquela noite no banco de trás do carro de um amigo após uma típica noite de bebedeira em Londres, Inglaterra. Sua morte aconteceu alguns meses após a banda conseguir a chegar em primeiro nos Estados Unidos, com o primeiro álbum de maior de grande sucesso, "Highway To Hell". Bon morreu aos 33 anos, mas sua memória e talento músical ainda continuam.
O fundadores do AC/DC, os guitarritas e irmãos Angus e Malcolm Young conta à BraveWords.com a história de um rocker e de um amado velho irmão que se foi.
A influência de Bon hoje...
Angus: "Acho que é algo que faz parte de você. É como perder alguém próximo à você, na sua família ou um amigo muito próximo. Você sempre tem aquele sentimento de que estão ali, mas você só, eu suponho, sente a falta física deles. Sempre há aquelas recordações que fazem você lembrar, e não importa qual seja a situação. Você pode estar viajando, pode estar relaxando em algum lugar, indo tocar ou estar em um estúdio, há sempre alguma coisa que o faz recordar."
Após a morte de Bon...
Malcolm: ""Devemos continuar com o nome?" Todos os tipos de pensamentos passaram por nossas cabeças. Estávamos sentandos sem fazer nada, por respeito também, sabe, não entendendo e não se importando. Um dia estávamos juntos e um disse ao outro: "Olha, criamos muitas músicas antes de Bon morrer, então porque não ficamos juntos, vamos sentar, e, pelo meonos... pelo menos fazer alguma coisa, podemos tocar guitarra." Então fizemos isso e muita música boa veio daquele período, porque agimos ali. Não tínhamos que fazer isso, mas foi lá de dentro que surgiu uma material que provavalmente jamais teria aparecido. Isso nos fez crescer muito rápido eu acho."
Angus: Poucos antes de Bon morre, ele veio até mim e Mal, depois foi as baterias e Mal lhe disse: "Ah Bon! Fique na bateria, precisamos de um baterista", e isso era o que ele gostava; Bon queria ser o baterista da banda. Foi engraçado, na primeira vez que nos sentamos lá estava esse cara dizendo: "Sou o seu novo baterista". Mal o convenceu a cantar, pra ficar na frente do palco. E no final (do show) ele estava lá novamente. A última vez que você via o Bon, ele estava atrás das baterias.
Ele tocou a intro de uma das músicas. Acontece que não é uma das nossas melhores, mas a introdução era fantástica - "Let Me Put My Love Into You" -, foi feita antes de entrar no território de "Mutt" Lang. Era boa pra caramba antes disso (risos)!"
O cara do Geordie...
Angus: "Me lembro da primeraz vez, eu tinha ouvido Bon falar do nome de Brian. Bon havia mencionado que estava na Inglaterra numa turnê com uma banda, e menciou que Brian estava em uma banda chamada "Geordie", então Bon disse: "Brian Johnson, ele é um grande cantor de rock and roll no estilo de Little Richard". E ele (Little Richard) era o maior idolo de Bon, Little Richard. Acho que quando Bon viu Brian na época, isso pra ele era: "Bem, esse é um cara que sabe o que o rock and roll se trata." Ele mencionou isso pra gente na Austrália. Suponho que quando decidimos continuar, Brian foi o primeiro nome que Malcolm e eu pensamos, por isso achamos que deveríamos encontrá-lo."
Bon e Brian...
Angus:
 "Bem, como uma banda, o lado musical do AC/DC é como eu sempre relato. Nunca faço comparações entre eles, porque são dois personagens únicos. Brian, por sua vez, tinha uma grande responsabilidade. Ele certamente conseguiu mais, então ambos os dois são únicos como pessoa mas eles têm semelhanças que no AC/DC, todos nós compartilhamos. Todas as nossas origens são praticamente as mesmas; todos nós viemos de famílias de trabalhadores, todos nós temos a sagacidade que parece nos manter quando as coisas estão um pouco difíceis."
Back In Black...
Angus: "Tivemos muitas idéias enquanto estávamos na turnê de "Highway To Hell", sentimos que o que tínhamos trabalhado deveria ser terminado. Você nunca sabe, poderíamos ter dito "É isto." Poderíamos ter parado, mas sentimos que deveríamos terminar, por isso a capa de "Back In Black". Você pode ver, nós a fizemos em preto, a cor, chamou "Back In Black", e até pensamos em colocar o sino na frente.
Obviamente as coisas estavam diferentes após a morte de Bon. Suponho que para algumas pessoas olharam para gente, como se estivessemos voltados para uma nova causa, e de certa forma era como começar novamente, porque você não sabe o que está por vir, você não sabe como será recebido. Você pensa: "Isso é ético?" Isso (a volta) foi nosso tributo a Bon.
Trabalhando com o produtor John "Mutt" Lang em "Highway To Hell"...
Angus: "Bem, foi a primeira vez que "Mutt" trabalhou conosco, não sei se até aquele momento ele tinha feito um grande álbum, um grande sucesso. Acho que ele tinha alguns singles de sucesso nesta parte do mundo (Estados Unidos), mas ele não tinha um álbum e para nós foi a primeira vez que realmente trabalhamos com outra pessoa na produção. Mas sentíamos que isso era uma boa combinação, porque queríamos tentar algumas coisas um pouco diferentes. Até aquele ponto, tínhamos feito muitas músicas de rock and roll diretas e queríamos tentar algumas músicas de estilo média do estilo do rock."
Americanização...
Angus: "Bem, você fica preso por suas próprias armas. Houve um pouco de preocupação, princilpamente com o título, "Highway To Hell". Eles estavam um pouco preocupados, especialmente com estádos do sul, como seria a aceitação. Mas dissemos: "É assim que nós o chamamos e é assim que nós gostamos" e assim mantivemos nossas armas. E é engraçado, todos os estados do sul foram os primeiros a tocá-lo!
"Highway To Hell" é o auge da carreira de Bon...
Angus: "Sim, suponho que para Bon provavelmente foi. O cara era cheio de vida, e então sofreu essa tragédia. Quando penso em retrospectiva, ele era um cara que eu sempre soube que era cheio de vida."

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