segunda-feira, janeiro 10, 2011

Biografia - Gotthard

Boa tarde!
Aqui quem escreve é Marlon Weasdor, dono do Antro Musical - Weasdor's Lair e colaborador da Comissão do Rock.
Sou um amante da Música, mas tenho uma inclinação maior (bem maior!) para o Rock N' Roll.
Sou o novo
O que vou fazer é tentar espalhar bom Rock para todos os leitores do Rock Music, o bom Rock com todas as suas diversas faces!

Terminada a rápida apresentação, vamos ao que interessa!
Para o primeiro post pensei em algo simples, direto, limpo e sem lenga-lenga. Hard Rock! Tradicional mesmo.
Mas não se trata de uma banda qualquer. Bandas de Hard temos oas montes. Nem todas são boas. Mas esta aqui é excepcional, e na minha opinião é a melhor do estilo nos últimos anos.
O Gotthard.

Gotthard é uma banda Suíça, fundada em 1989 pelo vocalista Steve Lee e o guitarrista Leo Leoni.
Seu som é fortemente marcado pela influência do Whitesnake.
Eu sei que quem conhece a banda já está de saco cheio de comparações e tudo o mais, mas desculpa. É impossível não citar isso, principalmente a semelhança entre a voz de Steve Lee e a voz de David Coverdale.
Enfim. Gotthard também tem muita coisa de Deep Purple, Led Zeppelin, Aerosmith e Bon Jovi em seu som.
E no meio desta mistura existe muita personalidade própria, criatividade e poder.

Ao longo da década de 90 a banda conseguiu atrair a atenção do mundo com seus riffs muitíssimo bem trabalhados, melodias quase perfeitas e sonoridade limpa, própria, cheia de personalidade.
Isso pode soar engraçado, eu sei, acabei de falar que o som deles é claramente influenciado por Whitesnake, haha! Mas é. Ainda não sei como o Gotthard fez isso. Só sei que é bom, muito bom.

Seu primeiro álbum, Gotthard, é uma porrada na face, por se tratar de um lançamento que ocorreu no início da década de 90, junto com a onda Grunge e tudo mais. O Hard já não tinha mais a força de antes, andava esquecido e abandonado pela mídia. Mas ainda sim Gotthard é repleto de músicas rápidas, agressivas, muito bem produzidas, e sem apelações ridículas, como as bandas mais famosas do gênero andavam fazendo naquele tempo. Este primeiro álbum permaneceu no topo das paradas suíças durante 15 semanas. O segundo disco, o Dial Hard, de 1994, seguia a mesma linha, e logo após seu lançamento a banda realizou uma extensa turnê por toda a Europa.
Devo dizer que mesmo com toda essa qualidade, estes dois álbuns ainda apresentam uma certa pitada de dependência musical. É como se o Gotthard estivesse engatinhando, apesar de muito bom.

O terceiro disco, o G, trás sucessos como Sister Moon, Mighty Quinn (cover do Bob Dylan), e as baladas Let It Be e One Life, One Soul (esta última é talvez a balada mais perfeita que o Gotthard já compôs, uma faixa belíssima). O G ganhou status de platina, e permaneceu por várias semanas como o álbum suíço n.1 no Top 50 da Alemanha.

E depois foi só alegria.

Em 1999 saiu o álbum Open, surpreendente, pois diferente de todos os outro era muito mais melódico, contido, lento. Um álbum só de baladas, vamos falar de uma vez. Mas é um disco muito bom.
Homerun, de 2001, aumentou ainda mais o prestígio da banda na Europa, efeito que foi sacramentado com Human Zoo, lançado em 2002.

Depois veio o Lipservice, em 2005. Alguns dizem que este é o melhor álbum do Hard Rock Moderno, e eu concordo. Um disco excelente.

O Gotthard também lançou os discos Domino Effect (2007) e o Need To Believe (2009), que apesar de não apresentar nenhuma novidade sonora, nos mostram como a banda tem potencial criativo elevado, e qualidade sonora sobrando e caindo pelas bordas.


O Gotthard vendeu até agora 2 milhões de discos, e é a segunda banda suíssa mais famosa do mundo. A primeira é o Krokus, também chutadora de traseiros.

O poder das baladas
Se você, caro leitor, assim como eu, gosta das baladinhas açucaradas e melosas do Aerosmith, do Whitesnake, do Bon Jovi e do Scorpions, certamente vai se sentir mais que atraído pelo poder romântico do Gotthard. Sei que o Rock está repleto de mestres da rasgação de seda, mas o Gotthard ganha. Sim, ganha. Desculpem, mas aqui não se trata da minha opinião, mas sim de bom senso.

As baladas do Gotthard são poderosíssimas, muito bem compostas e produzidas. E não pense que você vai se enjoar tão fácil. Aqui está mais uma parte da magia desta banda. As melodias, mesmo sendo melosas e tudo, são pegajosas na media certa. E destaco a voz do Mestre Steve Lee, que era um sujeito para lá de versátil, podendo explodir os pulmões em músicas como Hush, mas capaz de sussurrar calmo e cristalino em All I Care For.

Fica a dica. Love Metal? A resposta é Gotthard!

Fatalidade
Em 5 de outubro de 2010, Steve Lee faleceu em um acidente.
Ele estava viajando de moto pelos EUA em companhia de alguns camaradas da banda e mais um monte de amigos.
Estacionaram para se equipar contra a chuva que havia começado a cair, e um trailler desgovernado bateu contra uma das Harleys, que acertou Steve em cheio. Ele faleceu no local.
Mas dizem que fazer esta viagem era um dos maiores sonhos deles, então eu gosto de acreditar que ele faleceu feliz.
Fiquei triste com a notícia, tão triste quanto fiquei com o falecimento do Dio. Escrevi sobre isso no Antro.

Não sei se a banda vai continuar, com algum outro vocalista (o que eu acharia errado), ou com outro nome e outro vocalista (o que seria bom e correto).
Só sei que o mundo da música perdeu um grande cantor, uma da melhores vozes do Rock N' Roll dos últimos ano.



Discografia
Álbuns de estúdio
  • Gotthard (1992)
  • Dial Hard (1994)
  • G. (1996)
  • Open (1999)
  • Homerun (2001)
  • Human Zoo (2003)
  • Lipservice (2005)
  • Domino Effect (2007)
  • Need to Believe (2009)

Compilações
  • One Life One Soul (Best Of Ballads) (2002)
  • One Team One Spirit (Best of Album) (2004)
  • Heaven (2010)

Ao Vivo
  • The Hamburg Tapes (1996)
  • D frosted (1997)
  • Made In Switzerland (2006)
Sobre destaques na discografia da banda...
Não existe destacar um álbum, ou esse ou aquele. Se você, leitor bagueador, não conhece o som deles e se interessou, eu recomendo que feche os olhos e coloque o dedo na tela do computador. Qualquer álbum deles é garantia de sonzera das boas.
Mas cuidado com o álbum Open. Ele é só de baladas. Inteiro de baladas! Incrível. E te digo, amigo, se for fazer aquele jantar esperto para a sua patroa, luz de velas e o escambal, este álbum é a trilha sonora perfeita! Tiro e queda!

Mas o primeiro disco já é muito bom, se quiser pode começar por ele, que foi o que eu ouvi primeiro.

E aqui um clipe para mostrar a força dos caras!
Rock On, good people!
\m/




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